Esse é o primeiro post de uma série que estamos construindo no blog, sobre como começar a conhecer o universo da Terra Média criado por J. R. R. Tolkien.
Na ordem cronológica dos
acontecimentos da Terra Média, O Silmarillion é o primeiro livro. Nele acompanhamos
a criação do mundo por um deus chamado Ilúvatar. Junto com seus filhos, ele
compôs uma música que foi o pilar de criação de Arda.
Então, Ilúvatar disse-lhes: "Do tema que vos anunciei quero agora que façais juntos, em harmonia, uma grande música. E, como acendi em vós a chama imperecível, demonstrareis os vossos poderes no adorno deste tema, cada um com os seus próprios pensamentos e engenho, se assim quiser. Mas eu ficarei sentado e escutarei e feliz me sentirei por, através de vós, grande beleza ter despertado num canto."
Quem nunca se aventurou pelo universo
Tolkiano, pode se impressionar com a quantidade de livros do universo da Terra
Média, mas uma dica importante, é que basicamente grande parte dos livros que
tratam dos acontecimentos anteriores ao Hobbit, estão contidos no Silmarillion.
Livros como: Beren e Lúthien, OsFilhos de Húrin, A queda de Gondolin e até mesmo Contos Inacabados, estão contidos
de forma resumida no Silmarillion. A separação dessas histórias em outros livros
ocorreu pós morte do autor, quando seu filho Christopher Tolkien, enriqueceu
parte das histórias do Silmarillion com os manuscritos deixados pelo pai.
O próprio Silmarillion, mesmo
tendo sido estruturado grande parte escrito por J. R.R. Tolkien, não foi
lançado ou mesmo terminado pelo autor, que morreu antes de fechar as lacunas do
universo de Arda.
Uma das
vantagens de começar a ler Tolkien pelo O Silmarillion é que a narrativa é mais
rápida do que o Hobbit ou o Senhor dos Anéis.
Muitas
pessoas que começam a ler Tolkien pelo Hobbit ou Senhor dos Anéis acabam
desistindo pela quantidade de descrições do lugares em meio a narrativa, tornando
a leitura mais lenta e algumas vezes mais entediante. O Silmarillion, é bem
diferente nesse aspecto, nas quase 460 páginas temos um resumo de praticamente 5
eras de Terra média, desde sua criação até o surgimento dos anéis de poder e os
eventos que precedem o Hobbit.
A grande
dificuldade em ler o Silmarillion é justamente essa densidade de acontecimentos
e nomes de personagens diferentes.
O livro
pode ser dividido em cinco partes:
A
Ainulindale: A Criação do mundo através da música dos Ainur
Valaquenta:
A chegada dos Valar, ou Ainurs, na Terra Média, a qual ajudaram a criar, assim
como o surgimento dos Maiar.
Quenta
Silmarillion: A maior parte do livro está contida nessa parte, mostra o surgimentos
dos filhos de Ilúvatar na Terra Média e como seu relacionamento com os Valar repercutiu
ao longo da história da Terra média.
A
Queda: A queda de Numenor
Dos Anéis
de Poder e da Terceira Era: A criação dos anéis de poder
O ponto
chave do Silmarillion é a criação das Silmarils, três pedras de luz própria, criadas
por um habilidoso Elfo em Valar e cobiçada por todos os moradores de Valinor,
inclusive Melkor, o Anuir caído, o qual pode ser considerado o principal vilão do
universo Tolkiano.
As
Silmarils foram roubadas por Melkor, que fugiu para a Terra Média, o que gerou
infinitas batalhas para recuperação das gemas.
Um ponto
importante da Silmarils, criadas por Feanor, é que ele se inspirou nos cabelos brilhantes
de Galadriel. Feanor implorou por fios de cabelos da Elfa, ela recusou. Para
quem conhece a história do Senhor dos Anéis, sabem que mais tarde, na sociedade
do Anel, ela presenteia o anão Gimli com três fios de seus cabelos.
É bem
difícil resumir o Silmarillion, pois há uma riqueza de histórias, todas elas
carregadas de sentimento, é uma leitura pesada repleta de sofrimento, sobrevivência,
cobiça, mas sempre narrada de uma forma poética. Um verdadeiro épico da
fantasia.
Se mesmo após ter chego até aqui, você ainda não esteja convencido a encarar essa leitura, pode conhecer a história através do álbum Nightfall in Middle Earth da banda alemã Blind Guardian.
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