Começando nossa prometida série de livros para ler nesse
Natal, “Um dia em dezembro” é para quem gosta de romances, misturado com a
magia em volta dos últimos dias do ano e do clima natalino.
Há um cara acomodado em um dos bancos do ponto. Este com certeza não é o ônibus dele, porque está mergulhado em sua leitura. Ele me chamou a atenção porque parece ignorar o empurra-empurra que acontece bem na sua frente, como um desses efeitos especiais bonitos de filmes em que alguém fica completamente imóvel enquanto o mundo gira um pouco fora de foco, ao seu redor, como em um caleidoscópio.
Laurie é uma
garota de vinte anos que está voltando para casa em uma noite de dezembro
dentro de um ônibus lotado. Da janela de seu assento ela enxerga um rapaz lendo
um livro, os dois trocam olhares e sentem uma ligação, mas ele não consegue
pegar o ônibus nem Laurie consegue descer.
Ao longos
dos meses seguintes, Laurie tenta encontrar o seu “crush de Ônibus", mas não
tem sucesso. Tudo muda quando sua melhor amiga e colega de apartamento
apresenta o novo namorado para Laurie, que na verdade é o “cara do ponto de
Ônibus”.
Laurie não
confessa para Sarah que Jack, namorado de Sarah, na verdade é sua paixão à
primeira vista. Laurie e Jack passam carregar esse segredo ao longo dos anos, e
tentando enterrar seus verdadeiros sentimentos um pelo outro.
Esse é o
início de “Um dia em dezembro”, o livro é narrado em primeira pessoa,
alternando entre Laurie e Jack. Outro fato importante é que a história se passa
em um período longo, dez anos, de dezembro de 2008 a dezembro de 2018. Já podem
imaginar que o romance demora para desenrolar não é mesmo?
A magia do
livro, está justamente em se passar em um período tão longo, pois acompanhamos
os personagens crescerem e amadurecerem. “Um dia em dezembro” não é apenas um
romance, é sobre amizade, crescimento e lidar com as escolhas e os problemas
que aparecem ao longo da vida.
O livro me
surpreendeu bastante com sua evolução, no começo achei que seria difícil de
ler, pois a personagem principal é muito jovem e a temática de amor à primeira
vista parecia clichê demais para me segurar em quase 400 páginas, mas após
insistir um pouco na leitura, Laurie e Sarah, respectivamente a personagem
principal e sua melhor amiga, me cativaram.
Jack, ou “o
cara do ponto de ônibus” não me cativou muito, mesmo com a narrativa em
primeira pessoa, é difícil entender o que ele realmente quer e que pensa de
Laurie, apenas da metade para o fim que ele deixa pistas de que sente o mesmo
que ela.
A leitura é
bem fácil e rápida, pois o livro é cheio de diálogos, e o final é muito fofo,
embora clichê, mas digno de cena final de um bom romance natalino.
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