"Não tenho medo de mostrar meus sentimentos e de fazer coisas imprudentes, pois acredito que o que não se mostra, não se sente. Coisa que talvez surpreenda muito a você, pois os seus sentimentos são tão guardados que parecem não existir realmente."
Razão e Sensibilidade foi escrito
pela célebre Jane Austen, foi publicado em 1811 sob o pseudônimo “A Lady”.
As protagonistas desse livros são
as irmãs Dashwood, Elinor e Marianne, as duas veem o mundo de formas diferentes;
Elinor é racional e lógica enquanto Marianne é guiada pelo sentimentalismo e a
poesia – Por isso do nome: Razão e Sensibilidade.
Sir Dashwood era pai de quatro
filhos, o primogênito, fruto do primeiro casamento, e três meninas: Elinor, Marianne
e Margaret. Como era de costume, quando morreu grande parte da sua herança foi
deixada para o primogênito, e para a viúva e as filhas quase nada sobrou. As irmãs
Dashwood, ente com sua mãe, precisam deixar Norland Park, lar em que cresceram.
Com as finanças reduzidas, as
quatro mulheres vão morar em um chalé dentro de Barton Park, onde seu senhorio,
o simpático Sir John Middleton, reside com a família.
Embora as condições financeiras e
o novo lar sejam totalmente diferentes do que tinham antes, as mulheres
Dashwood se veem bem acolhidas nessa nova vida, fazendo novas amizades e construindo
suas estórias.
O livro é cheio de personagens
interessantes, como o coronel Christopher Brandon, que no cinema foi
interpretado pelo saudoso Alan Rickman. O coronel Brandon rapidamente parece se
encantar com Marianne, mas sua idade avançada (35 anos aproximadamente, pasmem era
considerado quase um idoso), torna o quase ridicularizado por Marianne.
É Elinor que o colocar em uma luz
mais amigável, mostrando que apesar da idade, coronel Brandon é um homem gentil
e romântico.
Ao longo do livro sofremos com o
excesso de racionalidade de Elinor, escondendo seus sentimentos e sendo
insegura quanto a Edward Ferrars, e ao mesmo tempo, sofremos com imaturidade de
Marianne ignorando os sentimentos do coronel e se deleitando com a companhia do
jovem Willoughby.
O início do livro é um pouco
confuso, mas a partir do segundo capítulo a narrativa flui bem, principalmente
quando o cenário muda para Barton Park.
Ler Jane Austen sempre é prazeroso,
ela constrói o caráter dos personagens através das falas, assim o leitor tem
todo o arsenal para julgar as personalidades do texto. Isso fica bem evidente nos
primeiros capítulos quando Fanny Dashwood convence aos poucos o marido a não
oferecer nenhum tipo de ajuda financeira às irmãs e à madrasta.
“...Para ser sincera, estou intimamente
convencida de que seu pai não tinha nenhuma intenção de que você desse a elas
dinheiro algum. Tinha certeza de que a ajuda que ele tinha em mente era só a que
se poderia razoavelmente se esperar de você...”
Personagens
divertidos e complexos, romances que se desenrolam devagar, paisagens adoráveis;
Jane Austen sempre é uma ótima indicação.
Se nunca
leu Jane Austen, comece por Orgulho e Preconceito, não tem como errar
Boa
Leitura!
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